Ana Maria Machado (1941) é escritora e jornalista
brasileira. Autora de livros infantis, foi a primeira desse gênero, a fazer
parte da Academia Brasileira de Letras. Foi eleita para a presidência da
Academia, para o biênio 2012/2013.
Ana Maria Machado (1941) nasceu em Santa Tereza, Rio de
Janeiro, no dia 24 de dezembro de 1941. Foi aluna do Museu de Arte Moderna.
Iniciou a carreira de pintora, participou de exposições individuais e
coletivas. Formou-se em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na
mesma universidade, lecionou no curso de Letras.
Abandonou a carreira de pintora para se dedicar aos livros.
Nos anos sessenta, foi exilada pelo regime militar, indo morar na Europa. Em
Paris, trabalhou na revista Elle. Fez doutorado em Linguística, orientada por
Roland Barthes.
De volta ao Brasil, Ana Maria retomou o seu projeto de
escrever livros infantis. Em 1977, ganhou o prêmio João de Barro pelo livro
"História Meio ao Contrário". Em 1979, fundou a primeira livraria
dedicada a livros infantis no Brasil, a Malasartes.
Em 1993, foi hors concours do prêmio da Fundação Nacional do
Livro Juvenil. Em 2000, ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o
prêmio Nobel de Literatura Infantil Mundial. Em 2001, recebeu o Prêmio
Literário Nacional Machado de Assis, na categoria conjunto da obra. Atualmente
tem mais de 100 livros publicados.
Ana Maria Machado ocupa a cadeira nº 1 da Academia
Brasileira de Letras. Foi eleita presidente para o biênio 2012-2013. Foi a
primeira escritora de livros infantis a fazer parte da ABL.
Manoel de Barros nasceu em Cuiabá-MT, em 1916. Até os 17
anos viveu entre a casa da família e um internato, onde iniciou os estudos. Sua
vida acadêmica se passou na cidade do Rio de Janeiro, onde ficou até se formar
bacharel em Direito, em 1941. Viveu também em Nova Iorque, Paris, Itália e
Portugal.
Conheceu Stella, sua esposa e com ela voltou para o
Pantanal-MS, para assumir uma fazenda de gado que recebera de herança, passando
a dividir seu tempo entre o Rio de Janeiro e o Pantanal.
Ainda que, nesta época, vivesse afastado dos círculos
literários, sua poesia já vinha tomando corpo. Em 1970, recebe o Prêmio Orlando
Dantas, em Brasília e, em 1980, seu livro Arranjos para Assobio é descoberto e
reconhecido pela crítica e pelo público.
Pertencente à geração de 45, onde despontaram os grandes
poetas brasileiros da metade do século XX, Manoel constrói uma linguagem
inovadora, que chega ao limite da agramaticalidade, cheia de neologismos e, ao
mesmo tempo, remetendo a língua portuguesa às suas raízes mais profundas.
A profunda correlação da fala poética com as imagens
visuais, vem de sua leitura do Pe. Antonio Vieira: “eu aprendera em Vieira que
as imagens pintadas com palavras eram para se ver de ouvir”.
Jorge La Rossa, escritor espanhol e tradutor da obra de
Manoel, fala com propriedade de sua criação poética: “A obra de Barros é
inexplicável como o milagre, como qualquer obra de arte quando é genuína. É um
poeta por necessidade, por dom ... Do estado de ruina do mundo, à inevitável
fragmentação do sujeito, sua obra reflete o desmoronamento de uma cultura e de
uma forma de humanidade. Seu universo pantaneiro aparece poeticamente
filtrado por pontos de vista humanos, animais, vegetais e minerais altamente
elaborados: um mundo intocado e profundamente humanizado, um mundo poético,
encantado”.
Manoel cria uma relação única com a linguagem e o mundo. Uma
linguagem que desobedece, a seu modo, e que tem um mundo concreto que brinca a
seu modo. Enfim, um poeta singular!
“O que escrevo resulta de meus armazenamentos ancestrais e
de meus envolvimentos com a vida. Sou filho e neto de bugres, andarejos e
portugueses melancólicos. Minha infância levei com árvores e bichos do chão.
Penso que a leitura e a frequentação das artes desabrocha a imaginação para um
mundo mais puro. Acho que uma inocência infantil nas palavras é salutar diante
do mundo tão tecnocrata e impuro. Acho mais pura a palavra do poeta que é
sempre inocente e pobre”. – Manoel de Barros.
Roger Mello - É ilustrador, escritor e dramaturgo. Nasceu em Brasília, em
1965. Ilustrou mais de cem títulos, dezenove deles com textos de sua autoria.
Formado em Design pela Esdi/Uerj, trabalhou com Ziraldo na Zappin. Recebeu
inúmeros prêmios no Brasil e no exterior por seu trabalho como ilustrador e
escritor. É considerado hors-concours pela Fundação Nacional do Livro Infantil
e Juvenil, que, além de lhe conceder vários prêmios, indicou-o para o Prêmio
Hans Christian Andersen 2010 na categoria ilustrador. Da Câmara Brasileira do
Livro, recebeu oito Prêmios Jabuti. Foi premiado pela Academia Brasileira de
Letras e pela União Brasileira dos Escritores pelo conjunto de sua obra.
Participou de diversas feiras internacionais de livros, como Catalunha, Roma,
Frankfurt, Bolonha, Gotemburgo, Brooklyn (Brooklyn Public Library), Sarmede (Le
Immagini Della Fantasia), Padova (I Colori del Sacro). Seu livro Meninos do
mangue recebeu o prêmio internacional de melhor livro do ano da Fondation
Espace Enfants (Suíça) em 2002. Juntamente com outros autores brasileiros, foi
homenageado no Escale Brésil do Salão de Montreuil na França, em 2005. No mesmo
ano, suas ilustrações sobre os versos populares do livro Nau Catarineta
estiveram em exposição itinerante pelas bibliotecas de Paris. Três de seus
livros – A flor do lado de lá, Todo cuidado é pouco! e Meninos do mangue –
constaram da “lista de livros que toda criança deve ler antes de virar adulto”,
publicada pela Folha de S.Paulo em 2007.
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas,
nasceu em 20 de agosto de 1889 na Cidade de Goiás (GO). Começou a escrever
muito jovem, porém só publicou o seu primeiro livro – Poemas dos Becos de
Goiás e Estórias Mais – aos 76 anos de idade. Considerada uma das
principais escritoras brasileiras, Cora Coralina foi uma mulher simples,
doceira de profissão, mãe de 6 filhos. Vivendo longe dos grandes centros
urbanos produziu uma obra rica em motivos do cotidiano brasileiro, mais
precisamente dos becos e ruas da Cidade de Goiás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário